Cássia
Rejane Eller, até hoje, me lembro daquele fatídico dia 29 de dezembro de 2001, o
qual marcaria o fim da vida da cantora e tornaria aquele fim de ano mais triste
para mim, uma garota de 15 anos – na época, e para o Brasil, que perdera uma
artista cheia de atitude (no auge da carreira), que hoje, completaria 50 anos.
Se
me pedissem para adjetivar Cássia, eu diria: ela era uma artista camaleoa. Sim,
porque em um único disco, Cássia Eller Acústico MTV, por exemplo, é possível
encontrar canções em inglês como Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band, dos The
Beatles; em francês como Non, JeNe Regrette Rien, de Edith Piaf; samba, na música
Vá Morar com o Diabo do Riachão; MPB na canção Relicário, de Nando Reis e; por fim, o pop rock de Malandragem, composta por
Cazuza. Inclusive, o Acústico MTV foi o disco mais vendido da cantora, que
conquistou disco de diamante, com mais de 1.100.000 cópias vendidas.
Mas, como eu sempre digo, um artista nunca morre, pois suas canções de anos e anos ficam por aí, disponíveis para ouvirmos onde e na hora em que bem entendermos. É por isso que “Nada vai conseguir mudar o que ficou”, como cantava Cássia, na letra de Renato Russo, Por Enquanto. Afinal, é isso que nos importa dos artistas: sua obra. E para matarmos a saudade vai aí um achado:
Além
disso, no caso de Cássia, outro bem nos foi deixado: Chicão (Francisco Ribeiro
Eller). O garotinho que vira e mexe era visto em fotos nos braços da mãe, hoje
tem 19 anos e é percussionista da banda Zarapatéu, a qual a filha da cantora
Emanuelle Araújo, Bruna Araújo é vocalista.
Muitos
devem ter visto ele no programa do Fantástico, ontem, tocando a música inédita
de Cássia, Flor do Sol, composta em parceria com a amiga Simone Saback. Tímido,
o Chicão usa o cabelo black power para esconder o rosto que tanto lembra sua
mãe. E olha, nos dá uma sensação muito gostosa, olhar para ele e ver tanta semelhança
com a mãe, além do DNA musical, é claro.
Agora
é esperar e ver Chicão nos ensinar com “seu pequeno grande coração” como cantava
Cássia. Parabéns, nossa eterna camaleoa!
Até a próxima!
Beijos, Elís Lucas
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