segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

"Mas, nada vai conseguir mudar o que ficou"



Cássia Rejane Eller, até hoje, me lembro daquele fatídico dia 29 de dezembro de 2001, o qual marcaria o fim da vida da cantora e tornaria aquele fim de ano mais triste para mim, uma garota de 15 anos – na época, e para o Brasil, que perdera uma artista cheia de atitude (no auge da carreira), que hoje, completaria 50 anos.

Se me pedissem para adjetivar Cássia, eu diria: ela era uma artista camaleoa. Sim, porque em um único disco, Cássia Eller Acústico MTV, por exemplo, é possível encontrar canções em inglês como Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band, dos The Beatles; em francês como Non, JeNe Regrette Rien, de Edith Piaf; samba, na música Vá Morar com o Diabo do Riachão; MPB na canção Relicário, de Nando Reis e; por fim, o pop rock de Malandragem, composta por Cazuza. Inclusive, o Acústico MTV foi o disco mais vendido da cantora, que conquistou disco de diamante, com mais de 1.100.000 cópias vendidas.

Mas, como eu sempre digo, um artista nunca morre, pois suas canções de anos e anos ficam por aí, disponíveis para ouvirmos onde e na hora em que bem entendermos. É por isso que “Nada vai conseguir mudar o que ficou”, como cantava Cássia, na letra de Renato Russo, Por Enquanto. Afinal, é isso que nos importa dos artistas: sua obra. E para matarmos a saudade vai aí um achado:



Além disso, no caso de Cássia, outro bem nos foi deixado: Chicão (Francisco Ribeiro Eller). O garotinho que vira e mexe era visto em fotos nos braços da mãe, hoje tem 19 anos e é percussionista da banda Zarapatéu, a qual a filha da cantora Emanuelle Araújo, Bruna Araújo é vocalista.

Muitos devem ter visto ele no programa do Fantástico, ontem, tocando a música inédita de Cássia, Flor do Sol, composta em parceria com a amiga Simone Saback. Tímido, o Chicão usa o cabelo black power para esconder o rosto que tanto lembra sua mãe. E olha, nos dá uma sensação muito gostosa, olhar para ele e ver tanta semelhança com a mãe, além do DNA musical, é claro.

Agora é esperar e ver Chicão nos ensinar com “seu pequeno grande coração” como cantava Cássia. Parabéns, nossa eterna camaleoa!


Até a próxima!
Beijos, Elís Lucas


0 comentários:

Postar um comentário