sábado, 17 de novembro de 2012

Som nada a seco



Ficar em casa em pleno feriado porque você está sem um puto na carteira tem muita coisa para colocar em ordem, seja do trabalho, da faculdade ou de algum frila que pintou de última hora, é algo potencialmente entediante que remete ao mau humor de imediato. Mas, vocês manjam a teoria sobre o otimismo/pessimismo, aquela do copo meio vazio e meio cheio, não? [Se não for o de cerveja, que está e estará SEMPRE meio vazio, essa regra vale para tudo]. E foi o caso de ontem.

Num momento de preguiça à Macunaíma - ou melhor, de ócio criativo -, parei para assistir ao Canal Brasil, um dos melhores canais de toda a história - na minha opinião, pelo menos. E estava passando o show do 5 a Seco, gravado no Ibirapuera no começo deste ano. Confesso que sempre tive um pouco de preguiça de ouvir o som dos caras, por motivos bobos. A começar, pelo nome: como não associá-lo ao nome de uma rede de lavanderias praticamente homônima? Isso sem contar a vibe, que lembra a de alunos de cursos de humanas de universidade pública. Sim, sei que isso soa contraditório demais para quem curte Los Hermanos - é bem verdade que ouvi muito mais - e (finge que) estuda Filosofia numa federal por aí. Sim, falta de critério, admito.


Mas, viagens à parte, parei para ouvir o som dos caras. Sabe-se lá se foi pelo clima meio intimista, meio deprimente do dia, parei para assisti-lo e, de quebra, para prestar atenção no trabalho dos cinco integrantes (Léo Bianchini, Pedro Altério, Pedro Viáfora, Tó Brandileone e Vinícius Calderoni). E, claro, curti pacaraleo demais a levada. Letras para lá de poéticas, que transitam entre o lirismo e a simplicidade cotidiana; e arranjos muito bem elaborados e melódicos ao extremo. Isso sem contar que os caras transitam com autoridade entre o indiezão nível rua Augusta e a MPB casca-grossa, dando aquela passada no folk, pelo samba de raiz e pelo jazz de responsa. Ou seja, a parada é para lá de elegante. E admito que foi impossível conter o arrependimento de não ter ouvido antes o trabalho dos caras.

Não me estenderei muito mais, até porque é muito melhor ouvir o som do 5 a Seco, a minha mais nova banda preferida [risos]. Para quem quiser conhecer um cadim assim o trampo dos caras - em especial, o DVD ao vivo no Ibirapuera, as dicas que posso dar são  Ou Não, com participação mais do que especial de Lenine, e Para Você Dar o Nome:



Enfim, é isso.


Beijundas, Mau.

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